Redação
Marcos Paulo Garbone Gimenez, conhecido em todo o Brasil como o "menino imã" aos 8 anos de idade, perdeu a habilidade de atrair objetos metálicos ao corpo conforme cresceu. Hoje, aos 20 anos, o jovem goiano revela que o fenômeno que intrigou especialistas e ganhou repercussão nacional deixou de acontecer cerca de três anos após ter sido descoberto.
"Hoje, os objetos caem normalmente, igual acontece com todo mundo. A última vez que eu me lembro disso funcionar foi em 2013 ou 2014", contou Marcos Paulo em entrevista.
O caso de Marcos Paulo começou em 2011, quando sua mãe, ao assistir uma reportagem na TV sobre um menino na Croácia com supostos poderes magnéticos, resolveu testar se o filho, que também estava acima do peso, tinha a mesma capacidade. Para a surpresa de todos, garfos, colheres e até objetos mais pesados, como um ferro de passar roupa, grudavam no corpo do garoto sem explicação aparente.
A partir daí, a história de Marcos Paulo ganhou as manchetes de jornais e programas de TV em todo o país. Fotos e vídeos mostravam talheres, celulares e outros objetos metálicos firmemente presos à sua pele, um fenômeno que despertou a curiosidade de cientistas e dermatologistas.
Na época, médicos e especialistas tentaram explicar o fenômeno, mas até a última atualização da reportagem, ninguém conseguiu fornecer uma explicação científica conclusiva. A dermatologista Melissa Alfredo apontou que a condição de sobrepeso de Marcos Paulo poderia ter algo a ver com o fenômeno. "Hoje, o jovem está com peso adequado e perdeu a habilidade magnética, enquanto o menino croata, que ainda apresenta o magnetismo, aguarda por uma cirurgia bariátrica", afirmou a médica.
Outro ponto de vista foi oferecido pela dermatologista Juliana Salgado, que acreditava que o magnetismo era apenas um mito. Ela sugeriu que a combinação de suor e sebo na pele poderia ser responsável por fazer os objetos grudarem temporariamente no corpo do garoto.
O colunista Alysson Muotri também avaliou o caso, afirmando que o "magnetismo" era um fenômeno físico normal, destacando que a pele humana é viscoelástica, o que poderia explicar a aderência de certos objetos.
O "super poder" de Marcos Paulo fez com que seu nome fosse rapidamente divulgado na mídia. O jovem lembra que seu pai relatou o caso a um amigo que trabalhava em um jornal de Goiânia, e logo o interesse da imprensa se espalhou.
“Foi tudo muito rápido, mas intenso. Depois da primeira veiculação, todas as emissoras e veículos de comunicação entraram em contato quase ao mesmo tempo”, relembrou Marcos Paulo. Apesar da grande exposição na mídia, ele raramente era reconhecido na rua, exceto por alguns colegas de escola.
Hoje, Marcos Paulo é um jovem que cursa o sétimo período de jornalismo e faz estágio na área. Ele afirma que o episódio de sua infância não influenciou sua escolha profissional, revelando que a decisão de seguir essa carreira veio durante a pandemia, inicialmente com o interesse em jornalismo esportivo.
Embora o fenômeno tenha sido uma curiosidade que marcou sua infância, Marcos Paulo hoje leva uma vida normal, sem os "poderes" que um dia o tornaram famoso.
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